sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

NUTRIÇÃO – CONHEÇA OS ALIMENTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA PARA SEU CÉREBRO!

Os alimentos são responsáveis por fornecerem energia para as células neuronais; além disso, alguns alimentos específicos possuem efeito oxidante, o que previne doenças neurodegenerativas, como o Parkinson e a Doença de Alzheimer, estimulando a adrenalina e a dopamina, cujos efeitos fisiológicos incluem força, movimento, coordenação motora e memória.


Os neurônios precisam ser alimentados regularmente para possibilitar a realização de conexões entre eles, e para que isso ocorra é preciso assegurar o fornecimento adequado de sangue, que levará ao cérebro a glicose e o oxigênio necessários. É por essa razão que se deve manter o nível de glicose no sangue estável, pois os neurônios necessitam desse nutriente para funcionar bem.

Mesmo o simples ato de não tomar café da manhã pode fazer a diferença porque após uma noite de sono a pessoa se encontra em um jejum prolongado, a glicose está baixa e o cérebro com certeza estará lento nas suas reações.

Uma boa alimentação deve ser adotada sempre; pois do ponto de vista do sistema nervoso a nutrição funcional atua em duas fases da vida; a embrionária e infância, onde ocorre à formação e o amadurecimento do sistema nervoso, e a idade adulta, caracterizada pela manutenção do funcionamento neurológico que proporciona a prevenção de lesões.

As massas, os pães, os cereais e os tubérculos, como a batata, a mandioca, o cará e o inhame, fornecem os carboidratos necessários para o dia-a-dia, uma vez que após sua digestão, abastecem o corpo de energia, garantindo assim um bom funcionamento, inclusive do cérebro.

Já os cereais integrais, representados pelo arroz, aveia, e trigo são ricos em triptofano e tirosina aminoácidos precursores da serotonina, que é um neurotransmissor. Esses alimentos fornecem ainda zinco que é fundamental para a absorção de vitaminas do complexo B e para a regulação dos níveis sanguíneos de vitamina E, conhecida como antioxidante.

Vitaminas do complexo B, em especial o ácido fólico e a vitamina B6, auxiliam a comunicação entre os neurônios, ajudando a memória.

Alimentos integrais também fornecem energia além de garantir uma glicose mais estável do que os produtos refinados, fato que é altamente positivo para o cérebro.

Vegetais de cor verde escura, como brócolis, rúcula, escarola e agrião fornecem vitaminas do complexo B, que integram com os neurotransmissores serotonina e noradrenalina, o que combate o desânimo.

Frutas em geral, são fontes de vitaminas, fibras e minerais.

As ricas em vitamina C, como laranja, mexerica, acerola, caju, morango, goiaba e kiwi ajudam na absorção do ferro; prevenindo assim a anemia. Pessoas anêmicas costumam ser desanimadas, cansadas e mal-humoradas.

A maçã é uma das principais fontes de fisetina, um fotoquímico importante por favorecer o amadurecimento dos neurônios e estimular a memória.

As frutas vermelhas assim como ameixa-preta, amora, framboesa, morango, cereja e as uvas vermelhas são capazes de reverter déficits de memória associados à idade.

Os flavonóides exercem efeitos benéficos na aprendizagem e na memória, pois protegem os neurônios. Fontes:

Os peixes de água fria, principalmente atum, salmão, sardinha, truta, anchova e cavala fornecem minerais como zinco e selênio, além de ômega-3, um ácido graxo que colabora com a produção dos neurotransmissores, protege os neurônios contra os radicais livres e fornecem vitamina D que tem ação antioxidante, contribuindo para a renovação celular.

Para não colocar tudo a perder, o consumo de determinados alimentos; assim como açúcar e os doces, em geral, fornece energia rápida, fato que provoca um alto índice glicêmico, que eleva a produção de insulina, o que pode acarretar outras alterações metabólicas que atacam os neurônios. Além de causar déficits temporários de memória, de atenção e de aprendizado, o álcool e outras drogas podem levar á morte de neurônios e prejudicar a formação de novas células.

As gorduras de origem animal, conhecidas como saturadas, e principalmente as trans, que são maléficas para o coração e ameaçam o cérebro.

Leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão-de-bico), carnes, peixes, ovos, leite e seus derivados (iogurtes, queijos, requeijão). Esses alimentos fornecem proteínas que contém os aminoácidos essenciais, triptofano e tirosina, que agem na liberação dos neurotransmissores (substancias que são formadas a partir de nutrientes específicos) serotonina, dopamina e noradrenalina, responsáveis pela sensação de felicidade e disposição. Eles fornecem, ainda, vitaminas do complexo B, primordiais para espantar a apatia e garantir o bom humor, o que também é importante para um cérebro saudável. A colina, presente no ovo, é uma substancia necessária para a concepção de novos neurônios e na reparação dos antigos, além de servir como matéria-prima para a formação de acetilcolina, um importante neurotransmissor utilizado pelos neurônios envolvidos com a memória.

Sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, amendoins e castanhas, em especial a castanha-do-pará). Esses alimentos fornecem magnésio e selênio, possuem um alto poder antioxidante contra os radicais livres e ainda garante uma dose de alegria. Para garantir esse estado basta consumir aproximadamente 30 gramas por dia de castanha-do-pará, que é a melhor fonte de selênio.

Azeite de Oliva. Gordura do bem é importante para a memória, pois é rico em ácidos graxos monoinsaturados, que integram a membrana dos neurônios e aceleram a transmissão de informações entre essas células. Como outras fontes podem citar o óleo de canola e de linhaça. O azeite extra-virgem, por sua vez, possui também outro efeito neuroprotetor, já que fornece polifenóis e vitamina E, duas substâncias que combatem os radicais livres.

EDNA ARENAS BARBOSA
NUTRICIONISTA
CRN:14329

Nenhum comentário:

Postar um comentário